LANÇAMENTOS DO QUEBRAQUEIXO

novembro 29, 2010

Nessa terça-feira, 30 de novembro, comemore o dia do evangélico com quadrinhos e hardcore. A partir das 20h no Teatro Garagem do SESC 913 Sul, a banda Quebraqueixo estará lançando o CD/Livro HQ “A Banda Desenhada”. Para o livro, a banda Quebraqueixo convidou 14 ilustradores de Brasília para adaptarem as letras das músicas do novo CD para a linguagem das histórias em quadrinhos. O livro tem tamanho A4, capa dura e 68 páginas coloridas em papel couché 150g. O projeto “Quebraqueixo – A Banda Desenhada”, que além da publicação do livro, também realizou 14 shows e 14 oficinas de histórias em quadrinhos em escolas públicas do DF, só pode ser viabilizado graças ao apoio do FAC.

 

Além do show do Quebraqueixo, as bandas Galinha Preta e The Squintz também se apresentarão nesta última edição do “Rock Sem Fronteiras” em 2010. Lembrando que o evento que é gratuito e começa às 20h.

 

Preços promocionais de lançamento:

CD = R$10,00

Livro HQ = 25,00

Kit (CD + Livro HQ + Pôster A3) = R$30,00

Apesar de ter dormido pouco por conta da festa da noite passada, tento acordar mais cedo pra ver se consigo dar um “tibum” no mar. Olho pela janela do meu quarto de hotel vejo o tempo fechado, o suficiente pra me esparramar por mais um par de horas no colchão de cheiro estranho. O hotel onde me hospedei foi escolhido pela internet e no site eles não diziam que o endereço fica na subida do Morro do Cantagalo. Pelo menos era bem localizado, no fim de Ipanema e começo de Copacabana (ou é o contrário?). Todo dia quando eu saia do hotel, virava à esquerda pra chegar na rua onde eu pegaria o ônibus. Nessa rua só tinha umas biroscas e por falta de opção, eu acabava sempre almoçando num bistrô meio chulé. Essa era a terceira vez consecutiva que eu encarava o “PF” do local. Minha viagem não estava sendo nada gastronômica, já que na Rio Comicon só tinha pizza safada e a barraca do “Rei do Jiló”. Já vi festa junina de colégio pobre com mais opções.

 

Como tinha gente suficiente atendendo no estande quando cheguei (valeu Jéssica!), tentei em vão assistir a palestra com o Angeli, Laerte e Ota, pois o auditório estava abarrotado. Aproveitei o tempo livre pra ver com mais calma e fotografar a exposição “Manara in Brasile”, com originais do genial artista italiano.

 

As outras exposições eram reproduções em painéis que formavam meio que de labirinto. A parte de quadrinhos independentes teve a curadoria de Tiago lacerda (não ator global, mas um dos cabeças da Revista Beleléu), que soube valorizar os artista de Brasília, expondo trabalhos do pessoal da SAMBA e Caio Gomez.

 

Parece que a vedete (no bom sentido) do evento foi o Laerte vestido de mulher. Na verdade ele estava fazendo o estilo meio senhora comportada, quem sabe se no futuro ele incremente seu guarda-roupa com modelitos mais ousados. Eu falo isso brincando, pois tenho o maior respeito pelo artista e acredito que sua opção de vida só prova que o ditado “o hábito não faz o monge” é mais verdadeiro do que nunca. Laerte é genial e fim de papo!

 

Uma das coisas mais legais do evento, foi conhecer uns caras cujo trabalho com quadrinhos eu admiro e acompanho. Só pra citar alguns estavam lá Fábio Zimbres, Rafael Sica, Caeto, Gabriel Renner, Fábio Lyra e Arnaldo Branco. O estande ao lado do nosso era formado pelo time de quadrinistas jovens que mais tem se destacado na HQ mainstren: Grampá, os gêmeos Moon e Ba e Rafael Coutinho. A coisa mais fácil dessa Comicon era tropeçar em alguém que trabalhasse diretamente com quadrinhos, além de um monte de talentos promissores que logo ganharão destaque.

 

No fim da tarde, Karla chega de Brasília trazendo em sua bagagem mais cinco exemplares do Quebraqueixo. Assistimos a palestra com Kevin O’Neil e Melinda Gebbie. Era de se esperar que muito do assunto girasse em torno da experiência de ambos em trabalhar com o roteirista Alan Moore. Um dos momentos mais engraçados da palestra foi protagonizado por Mateuzinho (o 4º SAMBA Boy), que foi fazer um pergunta em inglês e acabou se enrolando todo, ninguém entendeu nada e a platéia toda riu do embaraço.

 

O agito da noite Off-Comicon foi na loja “istaili” La Cucaracha de El Capitão Presença Matias Maxx. Nossa guia no táxi foi a Jeanne, garota muy simpática que foi adotada pelo nosso estande. Eu sabia que a loja ficava perto do hotel, mas só quando o táxi passou pela entrada da subida do Cantagalo e virou à direita, um novo mundo se abriu. A poucos metros à direita do hotel estava a Praça General Osório, com vários restaurantes bares e lanchonetes. Quase chorei ao lembrar do bistrozinho fuleiro que eu encarava no almoço. E na La Cucaracha o bagulho estava literalmente fervendo: sonzinho bacana, fumaça, muchachas e personalidade da HQ nacional estavam presentes. Sinal de que os eventos paralelos organizados pelo Sal, Juca e outros bravos destemidos estavam surtindo efeito.

 

Na manhã de sábado, nova tentativa de ir à praia. Eu e a Karla chegamos até o calçadão, mas uma chuvinha fina acabou tirando nossa coragem de entrar no mar. Voltando por uma rua desconhecida, ouço alguém gritar meu nome. Olha pra cima e vejo o Gomez na janela de um apartamento. Coincidência? Não! Os editores do Calendário Pindura estavam na área e mais tarde Gomez, Juliana, Daniel Ilustróide e Sarah ocupariam um disputado espaço no estande “Dependentes”.

 

Já na Estação Leopoldina recebo uma péssima e uma ótima notícia quase ao mesmo tempo: as senhas para os autógrafos do Manara tinham esgotados, mas uma amiga querida cochicha em meu ouvido que tinha uma senha guardada pra mim. Ufa! Passei quase duas horas na fila do autógrafos. Matias aproveitou pra furar a fila onde eu estava e me contou que o Melinda Gebbie e Jeff Newelt foram flagrados pela polícia, quando queimavam unzinho, mas não rolou nada. Na tão aguardada hora, entrego um livro do Quebraqueixo pro Manara, que gasta um tempinho folheado a publicação. Depois faz um desenho na minha edição italiana do “X-Man” que ele desenhou pra Marvel e só assinou o “Viagem a Tulun”. Depois foi a vez do Matias, que arrancou um sorriso do artista ao dizer que se masturbava muito vendo os livros dele.

 

Como era previsto, a Comicon bombou forte no sábado e todo mundo vendeu super bem. O Pindura chamou bastante atenção pelo projeto gráfico inovador e muitos dos participantes do calendário foram lá pegar o seu exemplar. Só fui descansar um pouco, quando sentei pra assistir a concorrida palestra de Milo Manara. Os irmãos Chico e Paulo Caruso foram os impagáveis mestres de cerimônia, que só não foi perfeita por conta da tradutora que não estava preparada para a ocasião.

 

Terminamos a noite em um bar no Leblon. Os mais animados ainda foram pra um festa onde o Grupo Porco de Grindcore Interpretativo (banda escrota de BH) havia feito um de seus maravilhosos espetáculos grotescos. Foi mal Batista, Porquinho e Leo Pyrata, da próxima vez o Quebraqueixo toca com vocês em BH de novo.

 

No domingo, último dia do evento, boa parte do público veio reverenciar Maurício de Sousa. Filas enormes, molecada correndo solta e até gente grande passando mal com a emoção de ver o ídolo da infância. Eu botei pilha dos Sambas entregarem uma revista Kowaski pro Maurício e não é que o Góes teve a pachorra de fazê-lo. Pra quem não sabe, a revista contém uma história onde os personagens da Turma da Mônica usam drogas, cometem um assassinato e praticam zôonecrofilia. Ficou uma galera observando a cena pra ver a reação de ambos. Parece que ficou tudo bem e até agora, os advogados do Maurício ainda não entraram com o processo.

 

Eu e a Karla aproveitamos que o francês Killofer estava tentando curar a ressaca em um dos bancos perto dos trens e compramos na Livraria da Travessa, dois exemplares do “676 Aparições de Killofer”. Pedimos que ele autografasse e como ele se auto desenhou na dedicatória, acho que nossos exemplares passam a ter “677 aparições”. Vale ressaltar o excelente trabalho do editor S. Lobo, frente à editora Barba Negra.

 

Ainda assistimos à última palestra do evento onde vários artistas convidados subiam ao palco e citavam três personalidades que influenciaram suas obras. A iniciativa era boa, mas alguns deles demoravam demais e acabou que a parada foi ficando enfadonha. Não conseguimos ficar até o fim. No estande rolava as últimas vendas e os livros do Quebraqueixo já tinha acabado fazia tempo. No encerramento, já sendo expulso pelos seguranças do local, recolhemos tudo o que ainda tinha ficando. Até combinamos de nos encontrar em um bar, mas com o cansaço latente, pipocamos da idéia. Na manhã de segunda-feira, arrumamos nossas malas (eu com 20kg de papel a menos) e fomos pra praia. Dessa vez, o tempo nublado não nos impediu de entrar no mar. Apesar da água estar gelada e dos coliformes fecais, esse mergulho no mar coroou de vez essa bem-sucedida viagem ao Rio de Janeiro. Não ouvi nenhum tiro, nem vi sangue, muito menos carros sendo incendiados. Pra mim, o Rio foi só alegria!  

 

Os últimos dias de outubro e o começo de novembro foram muito estressantes pra mim e pros caras da Revista Samba. Tínhamos entregado nossos novos produtos para serem impressos na mesma gráfica e tínhamos o mesmo deadline para ficarem prontos antes da viagem pro Rio de Janeiro. Nosso prazo era segunda-feira, já que iríamos pegar aviões na terça pela manhã. Segunda à tarde, fui fazer pressão na gráfica e saí de lá 100 cópias dos 1000 exemplares do livro “Quebraqueixo – A Banda Desenhada”, que é de capa dura, tamanho A4 e bem pesado. Nesse corre, aproveitei pra deixar dois livros no Correio Braziliense e adiantar a divulgação. Como falei, o livro é pesadão e só pude levar 30 unidades pra RJ, meio que pra testar o potencial de vendas do produto. Uma pena foi o CD não ter chegado a tempo da fábrica.

 

No dia que cheguei, não fui na abertura do Rio Comicon, pois fiquei de role com um amigo pelo centro da cidade e depois fui pro show do Jello Biafra. Pelo que fiquei sabendo, o 1º dia da convenção foi meio fraco, mas o pessoal do estande “Quadrinhos Dependentes” efetuaram algumas vendas. Na quarta-feira, cheguei na Estação Leopoldina às 14h, o tempo estava abafado e endereço é meio fora de mão, mas dá pra ir de ônibus na boa. O lugar é realmente uma estação de trem desativada e mantém o visual retrô de quase dois séculos de existência. Uma pena é ver as carcaças de trens inteiros literalamente apodrecendo com a ação do tempo. Foi bom chegar lá e rever os amigos de Brasília e o pessoal do Rio (Tarja Preta e Beleléu) que estiveram no FIQ do ano passado. Também conhecer o Gerlach e a Chynthia B que estavam lançando ótimas publicações como o “Ano do Bumerangue” e “Golden Shower”.

 

Levei seis Quebraqueixo e umas camisetas. Vendi tudo nesse dia e ainda peguei autógrafos com desenhos de Kevin O’Neill (Liga Extraordinária) e de Melinda Gebbie. Ela me perguntou qual desenho eu queria, respondi: “your husband!” (seu marido!). Ela riu e disse: “easy!” e desenhou o Alan Moore.

 

Fiquei bastante tempo atendendo no estande e não consegui ver nenhuma palestra do dia e nem assistir a estréia do documentário “Malditos Cartunistas”, que foi muito elogiado. Podia se ver Milo Manara tentando apreciar as exposições e passar despercebido pelos freqüentadores, mas sempre era abordado por um fã afoito.

 

A coisa mais inusitada aconteceu quando eu chego no estande e vejo o mestre Ziraldo comprando um livro do QQ. Falei que não era pra ele comprar, pois eu queria presenteá-lo com um exemplar. Ele disse que estava comprando o livro pra neta dele e aceitou o livro que eu ofereci. Pra finalizar, “ele”, repito: “ele” me pede pra autografar os dois livros. Eu dando autógrafo pro Ziraldo, bizarro né?

 

Na saída do evento, pegamos carona na van dos convidados, com Melinda Gebbie a bordo. Pedro Brandt, jornalista do Correio Braziliense também pegou o bonde. Terminamos a noite em um bar em Botafogo onde André Dahmer estava lançando o livro “Ninguém muda ninguém”. Comprei um dos 600 exemplares da edição que tem a capa desenhada à mão pelo artista e que custa R$78,00.

 

Quinta-feira amanhece meio nublada, dando um tempo no calor abafado e úmido. Levo mais sete livros do Quebraqueixo e mais camisetas. O movimento de clientes no estande melhora consideravelmente. Encarei uma fila grande e lenta pros autógrafos do Manara, que desenhava uma gostosa pelada (pleonasmo em se tratando de Milo) para poucos felizardos. No meio do caminho, uma mulher da produção pede desculpas em voz alta, dizendo que Manara tem um compromisso e tem que ir embora. Todo mundo ficou putaço, mas fazer o quê?

 

Pra provar que nosso estande era o mais chique e sensual, Chynthia B e Gabriel Góes foram entrevistados pelo canal Sexy Hot, por conta da revista Golden Shower, que é deveras picante.

 

Eu e o Góes adquirimos exemplares da publicação “Drink” do gente fina Rafael Coutinho. Essa é uma HQ muda feita em ótimo xérox com tiragem de 100 exemplares, numerada e assinada pelo autor.

 

Vendi tudo o que trousse de novo, isso porque tive que pedir pro Arruda e pro Mau Mau comprarem o livro no outro dia, senão tinha acabado antes. Assisti um pouco da palestra “Quadrinhos Franceses” com François Boucq e Killofer. Novamente pegamos carona na van, dessa vez acompanhados do francês Killoffer. Banho? Pra quê banho? Fomos direto pra uma festa na Rua da Carioca com som bacana até às 4h e show de dança esdrúxula do francês.

ESFOLANDO O JELLO BIAFRA

novembro 17, 2010

Jello Biafra é um dos caras mais importantes e admirados do punk rock e hardcore mundial, não só pela música, mas pela sua postura política. Assistir a um show do Jello Biafra há muito tempo estava na minha grande lista de “coisas a fazer antes de morrer” e vê-lo ao vivo no Rio de Janeiro foi um golpe de sorte sinistro. Primeiro eu cogitei em ir pra São Paulo, mas depois que houve toda aquela fofoca de que o show iria acontecer em Brasília (no lago Sul com o Sepultura?), eu resolvi concentrar minhas economias monetárias no Rio Comicon. Comprei as passagens pra RJ com mais de 30 dias de antecedência e para minha surpresa, no mesmo dia em que soube que o show daqui havia sido cancelado, fiquei sabendo que haveria um no Rio, exatamente no dia em que eu chegaria na “cidade maravilhosa’. Destino? Cagada? Nem o Esfolando saberia responder!

 

O Teatro Odiséia é uma casa de show bem bacana situada na Lapa. Tem três andares e cabe umas 300 pessoas “tochadas” no térreo. O palco é alto e com equipamento de boa qualidade. No som mecânico daquela noite, só punk rock gringo e nacional da melhor qualidade, nunca vi isso em nenhum outro lugar. Encontrei vários conhecidos na área, todo mundo muito feliz de estar ali. Entrei no lugar já procurando a banquinha do merhandising do astro. Infelizmente não tinha mais discos, mas comprei uma camiseta, adesivos e bottons. Não prestei atenção na banda de abertura, pois a expectativa era grande e afinal todos estavam ali para ver o mestre Jello Biafra acompanhado da Guantanamo School of Medicine. Sabendo que o show iria ser bem agitado, comecei a procurar um lugar onde eu pudesse ver e registrar o show com minha câmera. Ao ver um casal ficando em pé em cima de um banco de madeira em uma das paredes laterais, resolvi imitá-los. Foi o lugar perfeito, onde pude ficar perto do palco e longe da confusão que logo se instalaria. Confiram os primeiros minutos de show!

Apesar dos 52 anos nas costas e estar um pouco acima do peso, Eric Reed Boucher (Jello Biafra para os milhões de íntimos fãs) continua um moleque no palco, fazendo suas mímicas malucas e discursando contra a política, guerras e grandes corporações. Empurra quem sobe no palco e de vez em quando se arrisca num stage dive. O show é basicamente composto de músicas do disco “The Audacity Of Hype”, que são muito boas, mas seria uma desfeita muito grande se eles não tocassem alguns sucessos do DK. Nessas horas, o povo, que já estava enlouquecido, apavorava de vez.

Apesar do calor e suor, nem o público, nem a banda davam sinais de cansaço. O show durou quase duas horas, isso porque a banda voltou ao palco pro bis três vezes. Só depois que começaram a desmontar o palco, foi que as pessoas acreditaram que realmente não haveria mais nenhuma música.

E vocês sabem que o Esfolando não se contenta em apenas assistir ao show, ele quer dar gibi, tirar foto e trocar idéia com o artista. Dessa vez estava bem embaçado, já que todo mundo que estava ali também queria o mesmo. Eu já estava me conformando com a idéia de que ter assistido aquele incrível espetáculo bastaria, mais eis que surge a providência divina: ouço alguém me pergunta: “você veio de Brasília só pra ver o show?”. Olho pro lado e vejo o Cesinha, um cara que tocou em várias bandas de SP e trabalha de tour manager de gringos. Eu o conheço há um bom tempo desses roles com o Macakongs 2099 pelo Brasil. E adivinha? O cara estava acompanhando a banda nessa turnê e me deixou entrar no camarim.

 

Eu mó nervoso, entreguei um gibi do Quebraqueixo e um “Esfolando Ouvidos”, mesmo sabendo que o Jello não conseguiria ler nada. Ele ficou bem interessado no livro, perguntou se tinha alguma coisa falando do “Eletric Abortion”, que eu demorei pra entender que era o “Aborto Elétrico”. Pedi pra ele autografar a capa do CD “Bed Time for Democracy”, ele ficou inspecionando se não era um produto pirata ou que não fosse licenciado da Alternative Tentacles e só então assinou. Agradeci e me despedi, já que ele ainda teria que agüentar outros chatos que nem eu. Eu já estava quase saindo, quando ele me pediu pra dar um recado pra uma pessoa aqui de Brasília e eu me prontifiquei a transmitir a mensagem pessoalmente.

 

Pra fechar a noite, peguei carona com um amigão de Brasília que está morando em RJ e tomamos um coco em um quiosque na beira da praia de Copacabana às quatro da manhã. Às duas da tarde, eu estava chegando na Rio Comicon, e esse role você ficará sabendo nos próximos posts. Tenham paciência! Estou enroladaço e sem tempo.

ESFOLANDO EM RJ

novembro 9, 2010

Gente bonita, estou indo pro Rio de Janeiro, curtir a Rio Comicon. Se vocês “não” se comportarem, eu conto como foi!

ESFOLANDO O MARKY RAMONE

novembro 6, 2010

Ser um Ramone não deve ser uma tarefa muito fácil e é por isso que entendo quando um cara da importância de Marky Ramone não queira bancar o sujeito amistoso que todo fã gostaria que ele fosse. A equipe do Esfolando Weblog (eu e minha camerazinha fuleira) chegou às 16h no Arena para averiguar a passagem de som do Marky Ramone´s Blitzkrieg. Eu, Frango, Alf, O pessoal da UnBTV ficamos trocando idéia enquanto esperávamos a chegada da banda. Eram quase 18h quando a van chegou trazendo a tripulação de roqueiros. Marky saiu do veículo já meio que desviando das pessoas, evitando contato visual e físico e indo direto pra bateria, confirmando sua fama de anti-social. O resto da equipe ficou espalhada no local. Totors e o pessoal da UnBTV aproveitaram pra tirar umas fotos com o simpático e sempre sorridente Michale Graves. Colei junto feito papagaio de pirata pra sair na foto com o ex- vocalista do Misfits. Pra manter a tradição, dei um gibi do Quebraqueixo e pedi que ele autografasse o CD “Cuts from the cripyt”.

 

 

 

 

Fui tirar umas fotos do Marky meio de longe, já que a figura dele é intimidadora. Pelo olhar que ele me dirigia, percebi que ele não estava curtindo muito. Mais pra frete, ele pediu pro roadie que eu parasse de filmar e fotografar, tipo o Marky Ramone falou comigo, foi por intermédio de outra pessoa, mas falou comigo. Na verdade, eu é que estava errado e deveria ter pedido antes de fotografá-lo. Quando a passagem de som realmente começou, Alf me perguntou se eu sabia quem tinha uma viola pro Michale tocar umas músicas do Misfits no esquema acústico. Liguei pro Herman, baixista do Quebraqueixo, e por algumas cortesias, ele emprestou o violão. Fiz esse role de ir pegar o instrumento e perdi toda a passagem de som que rolou.

 

 

 

Pouco mais de uma da manhã, Marky e seus companheiros de banda sobem ao palco. Ele cumprimentou os fãs do gargarejo e animou as quase 500 pessoas do local, tirando todo o ranço que poderia existir. O baixista contou até quatro em inglês e começou um desfile de hits “ramonisticos” que durou quase duas horas. Teve a pausa pro acústico do Graves e mais dois bis programados. Showzaço! Principalmente porque Michale Graves canta pra caralho e interpreta as músicas do seu jeito, sem tentar imitar o Joey. E o que dizer do Marky? O cara é um Ramone vivo e ele não precisa de mais nenhum outro adjetivo.

CALENDÁRIO PINDURA 2011

novembro 5, 2010

Novembro de 2010 ficará marcado como um mês de grandes lançamentos da produção de quadrinhos e artes gráficas em Brasília. O Calendário Pindura 2011, Revista Samba #2 e “Quebraqueixo – A Banda Desenha” estão saindo das gráficas quase que simultaneamente. Foi mó correria pra deixar tudo pronto para irmos carregados de papel para o Rio Comicon. O primeiro a ser lançado em Brasília será o Calendário Pindura 2011, no dia 07 de novembro (domingo) das 15h às 20h, no Mercado Cobogó (704/705 norte). Eu e o pessoal da Revista Samba estaremos marcando presença com o nosso já tradicional camelô. Esse é o terceiro ano consecutivo que o Calendário Pindura é publicado. Em 2009, foram 9 ilustradores desenhando os 12 meses com o tema “buteco”. Já 2010 contou com 48 ilustradores (1 por semana) com o tema “ponto de ônibus de Brasília”. A versão 2011 do aparato para contagem dos dias do ano, reúne 123 ilustradores (3 dias pra cada) desenhando sobre o tema “elevadores”. Mais pra frente, eu aviso sobre os outros lançamentos. Apareçam!

UM ANO DE MUERTEEN

novembro 2, 2010

Há um ano eu estreava os personagens de Muerteen no Esfolando Weblog. Nenhuma data era mais propícia que o Dia de Finados para apresentar “Vêrica” e “Mortom” ao mundo dos vivos. Procurando páginas inéditas para postar, achei a terceira folha que desenhei deles (outubro de 2009). Na verdade, era a página de despedida, já que eu achava que eles não iriam durar muito. Um ano se passou e eles estão mais “vivos” do que nunca e espero que essa página de despedida continue inédita por um bom tempo. Aproveitem o dia e aproveitem a vida!

ESFOLANDO O BACULEJO

novembro 1, 2010

Na madrugada de sexta pra sábado, rolou uma situação que há muito não me acontecia. Eram quase 4h quando eu saía da festa Play, caminhei até o estacionamento e dei umas moedas pro cara que “vigiava” os carros. Ao abrir a porta do veículo, fui surpreendido por uma viatura da “puliça” que acabara de chegar. Saltaram três policiais com armas na mão gritando “encosta no carro!”. Pensei que era “pegadinha”. Olhei pro flanelinha que já estava sendo revistado. Falei: “só dei umas moedas pro cara…”. O policial repetiu, agora mais enfático “encosta no carro!”. Calei a boca e acatei a ordem. O policial deu o baculejo sem muito capricho e pediu que eu esvaziasse os bolsos. Chaves, chicletes e celular. Ainda bem que eu não estava com “nada em cima”. O béqui que eu trouxe, já tinha virado fumaça. Achei que o policial ia pedir carteira de motorista e documentos do carro, talvez dar uma geral na caranga, mas me disse: “pode ir!”. Eu saí fora rapidinho, vendo o flanelinha pelo retrovisor recebendo tripla atenção dos oficiais. Mó fim de noite palha, mas um motivo pra eu me arrepender de não ter ido na despedida do Fabrícius no Landscape. A única coisa legal disso tudo (se é que tem), foi contar pro amigos e ouvir os relatos de situações parecidas que aconteceram com eles. Conte a sua também!