Apesar de pequena, a produção de quadrinhos em Brasília mostra que tem grande qualidade artística. Prova disso são as indicações para o 23° Troféu HQMIX, que acontece no dia 15 de setembro em São Paulo. Considerado o oscar dos quadrinhos nacionais, o HQMIX desse ano homenageia o falecido artista Glauco com o troféu do personagem “Geraldão”.

Dentre os indicados está o Livro/CD “Quebraqueixo – A Banda Desenhada”, concorrendo na categoria Publicação Mix. Será muito difícil ganhar, mas só do livro ter sido indicado ao prêmio, já é uma grande vitória e atestado de qualidade.

Quem mandou benzaço foi a Revista Samba que concorre nas categorias Publicação Independente de Grupo e junto com o QQ na Publicação Mix. Já o Calendário Pindura foi indicado na categoria Projeto Editorial e tem grande chance de vencer. Outro que tem se destacado no mercado editorial brasilieiro é Nestablo Ramos, concorrendo ao prêmio de Desenhista Revelação. Lembrando que vários artistas que participaram do projeto Quebraqueixo, também participaram da Revista Samba e do Calendário Pindura. Nestablo é o autor da muito elogiada capa do CD do Quebraqueixo. Brasília Rocks!

A pergunta que se fazia no 10° Marreco’s Fest era: onde estão os metaleiros do DF? Essa foi a primeira vez que fui ao festival, então não sei como foi de público nas outras edições, mas acredito que estava bem abaixo do esperado. Teria sido o preço do ingresso? A crise na Grécia? O vulcão no Chile? O certo é que menos da metade do espaço estava ocupado por roqueiros, isso porque ainda veio gente de outras cidades pra prestigiar o evento. A infra estrutura estava boa, com dois palcos grandes e um pequeno para jam sessions, localizado na tenda da birita. No geral, o som estava bom, apresentando pequenas falhas, mas nada comprometedor. Também não houve grandes atrasos, mostrando que a organização estava afiada.

Como cheguei quase às 20h, não vi os primeiros shows. Lá do meu camelô, deu pra ver e ouvir legal o som dos locais More Tools, Deceivers e Violator. Depois vieram os gringos, eu que não sou muito metaleiro, achei bom o show da canadense Beehler. Já a alemã Rage, eu achei muito fuleira, com um tecladinho sampleado deveras cafona, mas parece que foi a banda que mais agradou ao público.

Uma cabeçada já tinha ido embora quando a banda americana Hirax subiu ao palco. O vocalista “El Diablo Negro” Katon W. De Pena é mó figuraça, fazendo o show ser bem divertido. A fórmula do Hirax é abusar com seriedade de todos os clichês do heavy metal, não só nas músicas e letras, mas nas roupas, poses e discursos. Apesar de ter essa cara de produção de baixo orçamento, como um bom trash movie, o Hirax é metal genuíno.

ESFOLANDO POSITIVAMENTE

junho 14, 2011

 

Circulando livremente por extremos opostos, o Esfolando vai pisando em brasas com os pés descaços. Digamos que esse meu FDS foi um tanto quanto eclético musicalmente falando. No intervalo de 24 horas, transitei por shows de hardcore straight edge e de reggae fumacento. O que esses dois ritmos tem em comum? O “positive vibrations”!

 

No sábado, baixei no Cult 22 Rock Bar para uma noite de HC SXE. De Brasília tocaram Shotgun Killa e XLost in HateX, da Costa Rica veio o Billy The Kid. Quase não deu pra ver nada das bandas do DF porque a pista de dança do Cult 22 estava lotada. O público era formado basicamente pela juventude “X” na mão, diga-se de passagem que o movimento Straight Edge voltou a crescer em Brasília. Já no show dos costa-riquenhos do BTK, arrumei um canto legal e assisti o show todo. Eu particularmente gosto dessa linha de hc e esses caras são bons no estilo.

 

Nessa noite é que fiquei sabendo do termo PMA ALL DAY (Positive Mental Attitude), cujo conceito há tempos era utilizado pelo Bad Brains, inspirado no livro de 1937 “Think and Grow Rich ” de Napoleon Hill. Aliás, ouvi boatos de que Bad Brains com HR pode tocar em Brasília esse ano, ficamos na torcida! Pelo que li no “Gugol”, o termo PMA está ligado ao Drug Free Life e difundido por Toby Morse, vocal do H 2 O. Pra deixar claro, o termo “drug free” significa “livre de drogas” e não “drogas grátis”, como alguns poderão pensar. Por isso, já sou excluído dessa parada.

No domingo, fui curtir um reggae na Concha Acústica pra relaxar. Se no sábado o clima era bem caretinha, no domigo, a névoa seca saía com força de trás do bambuzal. Quando cheguei, o InNatura já tinha tocado, mas pude conferir a boa banda Katchafire da Nova Zelândia, reggae pra Maori nenhum botar defeito. Mas a noite de São Valentim é do Natiruts com o seu power reggae do cerrado. A Concha não chegou a lotar, mas tinha mais de 2 mil pessoas e como sempre, muitas tetéias na platéia. Sei que nego fica puto comigo só porque eu gosto da banda, fazer o quê? E se uma coisa que o Natruts tem é atitude mental positiva, com músicas que falam de paz, amor e outras coisas felizes.

 

Independente de suas escolhas: STAY POSITIVE!

ESFOLANDO O ESFOLANDO

junho 9, 2011